domingo, 7 de setembro de 2008

Jogos no Ensino da Matemática

a noção de jogo aplicado à educação desenvolveu-se com lentidão e penetrou,
tardiamente, no universo escolar, sendo sistematizada com atraso. No entanto,
introduziu transformações decisivas... materializando a idéia de aprender divertindo-
se... (Schwartz,1966)



Prazer e alegria não se dissociam jamais. O“brincar” é incontestavelmente uma fonte inesgotável desse dois elementos. O jogo, o brinquedo e a brincadeira sempre estiveram presentes na vida do homem, dos mais remotos tempos até os dias de hoje, nas mais variadas
manifestações (bélicas, filosóficas, educacionais). O jogo pressupõe uma regra, o brinquedo é o objeto manipulável e a brincadeira, nada mais é que o ato de brincar com o brinquedo ou mesmo com o jogo. Jogar também é brincar com o jogo. O jogo pode existir por meio do brinquedo, se os
brincantes lhe impuserem regras. Percebe-se, pois, que jogo, brinquedo e brincadeira têm conceitos distintos, todavia estão imbricados; e o lúdico abarca todos eles.
Quando uma criança brinca, demonstra prazer em aprender e tem oportunidade de lidar com suas pulsões em busca da satisfação de seus desejos. Ao vencer as frustrações aprende a agir estrategicamente diante das forças que operam no ambiente e reafirma sua capacidade de enfrentar os desafios com segurança e confiança.

Particularmente, a participação em jogos de grupo permite conquista cognitiva, emocional, moral
e social para o estudante, uma vez que poderão agir como produtores de seu conhecimento, tomando decisões e resolvendo problemas, o que consiste um estímulo para o desenvolvimento da competência matemática e a formação de verdadeiros cidadãos.


http://www.bienasbm.ufba.br/OF11.pdf



Aparecida Francisco da Silva (afsilva@mat.ibilce.unesp.br)*
Helia Matiko Yano Kodama (kodama@mat.ibilce.unesp.br)*

5 comentários:

Anônimo disse...

Esse texto lembrou muito a oficina do professor Antônio principalmente quando ele, no primeiro dia, fez uma menção a Vygotsky.

Anônimo disse...

Concordo com João Paulo. Lembra Muito a mesa de Professor Antônio. Mas o Xadrez Chinês é interessante, pois com ele somos capazes de fazer várias figuras e de ainda estudar simetrias, translações e fazer com que os alunos vejam isso de uma forma concreta.

Olenêva disse...

Além do aspecto lúdico, há muita matemática espontânea nos jogos, basta que nós professores saibamos utilizá-los pedagogicamente em nossas aulas.

Anônimo disse...

A utilização do jogo na prática educativa é uma forma de dinamizá-la. Ou seja, fazer com que uma disciplina deixe de ser estática, e se torne dinâmica, permitindo com que o aluno se envolva com ela. Sendo assim, o jogo deve ser incluído em todas as disciplinas, para que a prática docente se torne mais interessante para o aluno. Além disso, o jogo é uma ferramenta importante por que: dá felicidade; o aluno se sente mais predisposto; o aluno participa da prática educativa com espontaneidade, sem medo de errar; trabalha o coletivo, afetividade e a cooperação; desenvolve a sociabilidade; exige do aluno concentração; a criança aprende a solucionar problemas; permite que o aluno experimente o mundo ao seu redor; dentre outros.
Logo, o texto é muito interessante, pois me fez lembrar do teórico Henri Wallon, o qual diz que o jogo é uma atividade característica da criança, e que se transforma ao longo do tempo.
Contudo caberá ao professor a missão de direcionar da melhor forma possível o jogo no contexto de seu aluno, pois ele se tornará uma ferramenta interessante para a sua prática, bem como para a qualidade da aprendizagem do aluno. Finalizo com Almeida (1987, p195): "a esperança de uma criança ao caminhar para a escola é encontrar um amigo, um guia, um animador, um líder- alguém muito consciente e que se preocupe com ela e que a faça pensar, tomar consciência de si e do mundo e que seja capaz de dar-lhe as mãos para construir com ela uma nova história e uma sociedade melhor."

Olenêva disse...

Elma, sem dúvida nosso objetivo deve estar direcionado à aprendizagem discente, buscando atividades que sejam interessantes e do interesse dos estudantes, envolvendo-os emocionalmente.